terça-feira, 27 de outubro de 2009

Incrível e completamente indomável

Certa vez, conheci uma pequena cidade muito longe de Paris era tudo tão diferente do que eu tinha aqui, fui conhecer a casa onde morava meu avô, no início não gostei muito daquela monotonia era chato ter que acompanhar o ritmo de vida do campo, eles tinham uns hábitos que até hoje não entendo.
No segundo dia da viagem já estava entediado, queria ir pra casa, jogar vídeo game, ver TV, da um rolê e surfar ondas incríveis no meu skate, foi ai que conheci o foguete, um cavalo Puro Sangue Inglês que estava perdido e foi recuperado pelos peões do sítio, ele era incrível e completamente indomável parecendo um foguete.

Eu fiquei encantado, mais na mesma hora fui alertado a não me atrever a mexer com ele. Que absurdo! Eu, um “cara” da cidade acostumado a enfrentar todo tipo de perigo encarar as manobras mais radicais ia perder a única chance de me divertir nesse lugar?
Durante o dia inteiro ninguém conseguira acalmar o bicho. No fim da tarde quando não havia mais ninguém no estábulo, fui até o foguete, eu cheguei perto da cancela e foi tão incrível! Parecia que ele já me conhecia de algum lugar, o que era impossível. Tranquilamente eu o selei, e sentia que ele também estava ansioso para poder correr sem destino. Detalhe importante dessa história é que eu nunca havia montado antes, mesmo assim abri a cancela e montei no foguete, admito que tive um certo medo, mais ele estraiamente me acalmava aos poucos, corremos pelos campos e chagamos até a montanha no meio da noite, à essa hora todos já haviam percebido o meu sumiço, experimentei uma liberdade que nunca havia sentido antes, passamos a noite interia passeando apenas sobre a luz das estrelas. Pela manhã quando voltamos, todos estavam a desesperados a minha procura, ninguém acreditava no que eu tinha feito, como poderia um garoto acostumado na cidade domar um cavalo como aquele? Confesso que nem eu acreditei.
E foi assim nossa amizade tão cúmplice até o fim da minha temporada entre as serras, voltei a Paris e meu avô me contou depois, que o verdadeiro dono do foguete apareceu e era um garoto que devia ter a mesma idade que eu, por isso o cavalo se sentiu a vontade comigo.
Eu jamais o esqueci...


por: André Moura (09204814)

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